quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cantata de Natal, um show celestial

Coral Nossa Senhora de Fátima, um coral de muita história, união e fé

Vozes celestiais encheram a Igreja Cristo Rei no dia 19 de Dezembro. Com suas cantatas de natal, o Coral Nossa Senhora de Fátima cativou o público do começo ao fim.

Em 2002, os devotos que freqüentavam a Igreja São Batista (Matriz) tinham se evadido por um problema que houve com o padre anterior e o Padre Eugênio Luiz Bertti (que agora está em Itatiba) assumiu a Paróquia vazia. Preocupado com isto, começou a Missão Mariana dos Arautos do Evangelho. “Ele chamou os arautos para fazer uma campanha missionária muito grande na cidade”, conta a empresária Neuza de Neves de 62 anos, que também canta no coral.

Neuza de Neves canta no Coral desde o começo


Segundo o Padre David Francisco, os Arautos do Evangelho é primeira associação do milênio aprovada pelo Papa Bento XVI, um grupo ortodoxo surgido em Caieiras-SP onde se encontra sua principal sede, a “Tabor”, que significa Monte da Transfiguração, o Monte Tabor é um local da Palestina. Hoje, já possuem presença em 78 países.

Os Arautos do Evangelho caminharam com a Nossa Senhora Peregrina. “Com a imagem grande, de comércio em comércio, de casa em casa, chamando as pessoas”, conta Neuza de Neves.

Nisto, deu início uma Missão Mariana que hoje é mundial, chegando até a Europa e Oriente, iniciada em Atibaia.

Os Arautos do Evangelho são devotos de Nossa Senhora de Fátima e ela instituiu os 5 primeiros sábados, que é para você comungar e rezar o terço. “Nós começamos a animar as missões e a igreja, Padre Eugênio pediu para o Seu Antônio que montasse o coral e o ele arrebanhou as pessoas”, conta Neuza de Neves. “Todos são voluntários, atualmente contamos com uma equipe de 25 membros, estou muito satisfeito”, diz Antonio Nobuhiro Nakagawa.

Antonio Nobuhiro, Regente do Coral


Depois dos 5 primeiros sábados você pode parar ou continuar e ir para mais 5 e depois mais 5, o coral continuou ininterruptamente desde que começou até hoje.

O coral começou em Março de 2003 e Neuza de Neves entrou em Maio, de lá para cá o coral nunca parou. “O nosso coral é evangelizador, nós levamos o evangelho e só cantamos músicas sacras, vamos a outras igrejas e onde nos chamarem. Os Arautos vão juntos e fazem a meditação, é um programa de religiosidade”, define Neuza de Neves.

Cantam em várias línguas, inclusive o Padre Eugênio queria também resgatar a comunidade japonesa. “Nós cantávamos a missa toda em japonês e o padre rezava em japonês, agora que ele foi para Itatiba, nós paramos de fazer isto”, conta Neuza de Neves.

O Padre Eugênio foi quem instituiu as cantatas em Atibaia, por que não era algo tradicional daqui e até o final do ano existia dezenas de corais, hoje muitos já extintos. No final do ano ele fazia uma missa à padroeira dos músicos e dos cantores, Santa Cecília, onde todos os corais participavam, cada coral cantava uma parte da missa.

O coral é praticamente da 3ª idade, de mais nova só tem a solista Bianca Lourenção de Melo Alves, estudante de 16 anos. “Eu mudei para cá à 5 anos atrás, e minha mãe na reunião de catequese, viu o coral cantar, depois de um ano eu entrei e estou até hoje”, explica a jovem. “Já comecei como solista, o Seu Antônio me chamou para cantar solo, eu fiquei bem nervosa e não estava acreditando, foi o primeiro solo, mas deu tudo certo”, completa Bianca.

A solista Bianca Lourenção de 16 anos


Eliana Aparecida Loureção Alves, tem 39 anos e cuida de uma senhora, orgulhosa fala sobre sua filha, “Foi uma benção por que a Bianca entrou com 12 anos, no começo não gostava tanto, mas depois pegou gosto e foi ótimo, o que ela mais gosta é fazer parte do coral”.

Eliana Aparecida, solista também e mãe da jovem Bianca


O solista Fábio Ramos de 26 anos é músico e ator, foi convidado para participar do coral por um mês, “Foi muito bacana, aprendi com eles e ensinei o que eu sabia. Gostei muito deles por que são muito unidos, treinam bastante, me deixaram em treino 24 horas e é assim que um grupo vai para a frente, que é o resultado que deu hoje”.

O músico Fábio Ramos de 26 anos


O acompanhamento ficou por conta do Grupo Concerthus de Bragança Paulista com os músicos: Isaac Romagnolli (violino), Rafael Juliano (violino), Taís Rodrigues (violino), Sandro Soares de Campos (violoncelo), Tfnes Botelho Medina (violoncelo) e Maria Bernadete (teclado).

Tfnes Botelho e Sandro Soares


Da esquerda para a direita: Rafael Juliano, Taís Rodrigues e Isaac Romagnolli


Maria Bernadete


Repertório

Once In Royal David´City
A Virgem Espera o Messias
Uma Virgem Santa
Ave Maria
Esplendorosa Noite
Alegrem-se os Céus e a Terra
Ding! Dong! Sinos a Tocar

Intermezzo (música de Franz Schubert solada por Fábio Ramos e acompanhada pela banda)

En Natus Est Emanuel
O Primeiro Natal
Adeste Fideles
Pueri Concinite
Laudate Dominum
Noite Feliz


“Muito obrigado pela presença, agradecemos muito a população atibaiense, a câmara municipal que reconheceu nosso coral. Estamos aqui à serviço da comunidade e da Igreja Católica.”

Antonio Nobuhiro Nakagawa

Regente


“Estou assistindo pela primeira vez este concerto à convite de meu amigo e regente do Coral, Antonio Nobohiro. Poderia dizer que para mim o concerto se resumiu na última música, “Noite Feliz”, nós tivemos uma noite muito feliz aqui, comemorando o nascimento do menino Jesus, o maior acontecimento da história e da humanidade, e se pudéssemos dizer, de Deus, o maior acontecimento da história de Deus, Deus se fazer homem.”

Padre David Francisco, 67 anos

Arautos do Evangelho





domingo, 26 de dezembro de 2010

Fé e tradição movimentam dia de Natal em Atibaia

O levantamento dos mastros, uma belíssima demonstração da cultura popular, aconteceu ontem, dia 25 de Dezembro em Atibaia.
A manifestação faz parte da Festa do Ciclo Natalino, o qual também fazem parte o dia 27 de Dezembro, Dia de Nossa Senhora do Rosário, onde as congadas à homenageiam dançando em seu louvor das 6H da manhã até a noite. No dia 28, a homenagem é a São Benedito, seu santo de maior devoção. O ciclo chega ao fim no dia 6 de Janeiro ou o domingo mais próximo desta data, que é quando eles descem os mastros. A cavalhada no dia 26 de Dezembro, também faz parte da Festa do Ciclo Natalino, em louvor à Nossa Senhora do Rosário.
No levantamento dos mastros, o cortejo acontece da seguinte forma; as cinco congadas de Atibaia: Congada Vermelha, Congada Azul, Congada Rosa, Congada Branca e Congada Verde, juntamente com o povo, seguem em direção a Igreja do Rosário. Carregando os estandartes de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário em andores e o Menino Jesus.
Magnífico momento, quando todos se unem para retirar o pesado mastro de dentro da igreja, agora sagrado. Nos buracos onde serão colocados os mastros, os fieis colocam mensagens e pedidos, e depois os mastros são levantados com os estandartes em suas pontas.Foto: atibaianews.com.br

O mastro, como já disse em postagens anteriores, simboliza a ligação entre céu e terra, um meio no qual seus pedidos são levados até Deus.
A manifestação de fé continua, agora rumo Igreja São João Batista, onde colocam o Menino Jesus na frente do altar e as congadas uma à uma dançam em sua homenagem, findando mais um dia glorioso.
Mesmo com o nariz machucado, este congadeiro continua sua manifestação de fé

As cinco Rainhas Congo




Menino Jesus, nos braços da jovem

Congada Verde, homenagem ao Menino Jesus

Fé e Comoção

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Exposição de Xilogravura e Arte Postal

O preto e branco da Xilogravura e a ilimitada Arte Postal, são as formas de expressões das obras que estão expostas na Galeria Mutante em Atibaia-SP. A exposição que abriu na sexta, dia 17 de Dezembro, vem com o propósito de mostrar os resultados dos alunos das duas oficinas que começaram praticamente juntas no mês de Outubro.
Segue abaixo as fotos da abertura:


Xilogravura



Patrícia Mattos ao lado de seu trabalho

Inácio Rodrigues, Artista Plástico e professor da oficina

Obra da aluna Juliana Fresan


Duas obras saem da xilogravura, a madeira talhada e o papel impresso

Obra do aluno Henrique Ventura


Arte Postal



Coletivo feito pelos alunos e o Professor João Bosco

Patrícia Souza ao lado de sua obra

João Bosco, ilustrador da Folha de São Paulo e professor da oficina

Victor Carvalho, Secretário Adjunto da Cultura, já participou de exposições e tem muito conhecimento em Arte Postal

Obra da aluna Yuri Moreira

Obra do aluno Wilson Maki



Minha obra





Serviço:
Galeria Mutante Atelier Undergrude
Rua Visconde do Rio Branco, nº 101 - centro - Atibaia - São Paulo - Brasil cep 12940-690
atelierundergrude@gmail.com

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Foque, sinta e escreva

Uma fotografia pode dizer muito. Revelar sentimentos, sonhos e devaneios do fotógrafo, mas o mais interessante é reação provocada nas pessoas que à veem. Pensando nisto, segue abaixo uma foto e lanço o desafio de o leitor escrever sobre ela, o que sente, o que ela te transmite.
Se sentir vontade faça uma poesia, muitos o fizeram e depois escreva em comentários ou guarde para si este momento, só não leia o resto do texto antes de refletir sobre a fotografia.



Pensamentos, descrições e poesias

"Um rádio de outrora
Em cima da pedra bruta
O relógio que não marca a hora
O rádio que não me escuta."
Miguel Messias dos Santos

"Despertador em frente ao espelho, na medida em que se observa, pode-se sentir mais profundo o tempo, a imagem refletida no espelho transmite uma certa paz."
Leonice Petrucci de Campos

"Realidades, densidades em esperas de possibilidades fugazes: ação, ação, ação em tempos que se esgotam: fim ininterrupto.
Metáfora de começo e fim?
Materialidade do tempo sob controle de que mão?
Máquina/pedra de que vida?
Grande segredo da flor contemporânea: relógio."
Eni Ilis

"Vejo nesta foto a dimensão do tempo.
Ao fundo um relógio refletido no espelho.
Ou seja, o reflexo da hora, dos momentos que são únicos."
Carlinhos Moreno


A ideia primordial


A fotografia foi feita para a Exposição de Arte Postal que vai acontecer dia 17 de Dezembro no Atelier Undergrude / Galeria Mutante com o tema "Aquilo que não sabemos fazer".
Não conseguimos controlar o tempo, não sabemos a hora que uma vida vai começar ou terminar, pelo menos não de forma natural, não podemos voltar atrás nem correr para o futuro, muito menos podemos pausar para depois continuar a viver, o mais próximo que podemos chegar de uma pausa é o momento sublime gravado em papel, fotografia.

Exposição de Arte Postal
Atelier Undergrude / Galeria Mutante
Tema: "Aquilo que não sabemos fazer"
Horário: 19:00H
Rua Visconde do Rio Branco, nº 101 - centro - Atibaia - São Paulo - Brasil cep 12940-690

sábado, 4 de dezembro de 2010

Mulheres Negras 2

Carolina Maria de Jesus - Moradora de rua e catadora de papeis da capital paulista. Podia ser muito rica, pois, escreveu "Quarto de despejo" em 1960, traduzido em 13 línguas em mais de 40 países, mas infelizmente não foi.

Clementina de Jesus - Numa casa em que trabalhava à ouviram cantar e convidaram-na para se apresentar numa casa noturna do Rio de Janeiro e daí para frente sua carreira deslanchou e viajou o mundo todo.
Empregada doméstica por mais de 20 anos, teve uma vida muito interessante depois dos 50 anos.

Yvonne Lara - Sempre viveu no morro, foi aluna de Villa-Lobos e teve muitos sambas enredos escritos no Rio de Janeiro.
Hoje com mais de 80 anos, ainda faz aquilo que mais ama, cantar.

Lélia Gonzalez - Morreu jovem com problemas no coração, professora e antropóloga, escreveu livros e artigos defendendo a mulher e participou de muitos congressos.

Base: Aula do Curso de Folclore do Ponto de Cultura "Ora Viva São Gonçalo" com a Profª Neide Rodrigues Gomes do dia 2o de Novembro de 2010

Fotos: acervos.ims.uol.com.br Carolina
camarilhadosquatro.wordpress.com Clementina
jeffcelophane.wordpress.com Yvonne
piratininga.org.br Lélia

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mulheres Negras

Rainha Ginga - Nascida por volta de 1580, nunca esteve no Brasil, mas deixou um grande rastro por aqui devido à muitos negros que vieram de sua nação e espalharam suas histórias.
Antigamente em sua nação, escolhia-se simbolicamente um rei ao qual se dava o nome de "Rei do Congo" e Ginga foi a primeira mulher negra a ser rainha numa nação da África.

Chica da Silva - Fora dos padrões de beleza, diferente de como é pintada na ficção, em uma biografia dizia que era amante de um padre que depois a vendeu para um minerador.
Uma líder nata com forte poder de persuasão. Vivia em Diamantina e certa vez dizia que queria ver o litoral, mas, por ser longe o minerador, grande amor de sua vida, represa a água do rio criando um lago, constrói uma caravela e navegam juntos pelo lago.
Criou o 1º Teatro Público, em sua própria casa aonde vinham ciganos se apresentar.

Escrava Anastácia - Figura mitológica, surgi em 1968 na Igreja do Rosário do Rio de Janeiro em uma Exposição sobre Cultura Negra um quadro de uma mulher com máscara de metal, pintado por um francês.
Conta a história de que Anastácia não queria manter relações com seu feitor e como castigo, coloca um máscara nela; morre tuberculosa e com gangrena.

Chiquinha Gonzaga - Musicista, abolicionista e filha de negra forra, casada forçada, rompeu barreiras já que havia muito preconceito quanto a mulheres que cantavam na noite.
Fazia músicas para filmes, tem mais de 2000 obras escritas para orquestra e deu aula no Conservatório Nacional de Música.

Mãe Menininha do Gantois - Uma das mais importantes Mães de Santo do Brasil, jogava búzios e muitos ministros iam a sua casa pedindo consultas.
Dorival Caymmi e Vinícius de Morais já escreveram músicas em sua homenagem.

Base: Aula do Curso de Folclore do Ponto de Cultura "Ora Viva São Gonçalo" com a Profª Neide Rodrigues Gomes do dia 2o de Novembro de 2010

Fotos e imagens:

abemdanacao.blogs.sapo.pt chica

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Nzinga.jpg ginga

cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br anastacia

jafogandooganso.wordpress.com chiquinha

mundoafrica10.blogspot.com gantois