segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ladrilhos

Retangulares e fechados
Quatro membros formam seus corpos
Dois braços e duas pernas, colados
Brancos, negros, avermelhados

Juntos formam famílias, populações
Alguns, um pouco menores lutam para se encaixar
Mesmo em seus cantinhos idealizam junções
A lei é sempre padronizar

Segregam-se por cor ou tamanho
São pisados e atiram-lhes todo tipo de imundice
Se acostumam a estes hábitos estranhos
Não desapegam-se de suas crendices

Embora sonhem com um mundo melhor
Não se movem, acomodados com a cimentação
Os que se modificam, pela deterioração, dor
Diferentes dos padrões, sofrem substituição

domingo, 14 de novembro de 2010

Ervas Medicinais - Do Tradicional ao Sintético

Naturalmente, tudo o que tocamos, vemos, sentimos, tem uma história, e com as ervas não é diferente. Agregamos a elas, sentimentos, simbologias, significados e descobrimos seus efeitos e reações, constitúi-se uma linha do tempo étnica, botânica e farmacológica.
No séc. II a.C. em Ponto (atual Turquia), surgiu o primeiro farmacologista experimental e em 1500 a.C. em Luxon, Egito, é escrito o Papiro de Elbers, com cerca de 700 drogas diferentes catalogadas.
Os primeiros registros de receitas médicas datam de 3000 a.C., na Babilônia, onde começam a trabalhar com alopatia e desenvolve-se as primeiras farmacopeias, com até 1400 plantas.
O curandeiro Asclépio cria na Grécia (Séc. XIII a. C.) o primeiro Spa, chamados na época de Centros de Cura, com base em chás.
Na Europa, houve um período em que os progressos científicos foram dificultados pela igreja que não via com bons olhos descobertas científicas, já que enxergavam doenças como castigo.
"Era Dourada para as Ervas", no Renascimento (Séc. XV), descobrem-se curas para inúmeras doenças.
Progredindo rapidamente, na Idade Industrial e Moderna, obtém-se ótimos resultados sintetizando plantas e concentrando dosagens.
No início do séc. XX, ocorre um renascimento fantástico da utilização de ervas.
Os índios precedem laboratórios e entre 1560 e 1580, Padre Anchieta detalhou melhor as plantas comestíveis, um estudo etnobotânico baseado no que os índios conheciam, mantém a integridade da cultura, aproveita-se o tradicional, pesquisa-se princípios ativos e reações adversas, juntam tudo isto em busca de medicamentos mais eficazes.

Referência: Palestra do Curso de Folclore no Ponto de Cultura "Ora Viva São Gonçalo" com o economista Edwaldo Luis de Oliveira, dia 16 de Outubro
Foto: agulhaselinhas.blogspot.com

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Arte Postal

A exequibilidade democrática da arte, a manifestação das ideias e principalmente a comunicação é o que prega a arte postal. Desde o dia 15 de Outubro é realizado no Atelier Undergrude em Atibaia, uma oficina de arte postal coordenada pelo Profº João Bosco.
"A arte postal morreu" é o que disseram à João Bosco, artista plástico e ilustrador da Folha de São Paulo, partindo desta frase ele começou a pesquisar e descobriu que além de estar viva, ganhou uma nova via, a internet.


Talvez há muito tempo artistas se utilizassem desta arte, porém, ficou conhecido como seu fundador, Ray Johnson que começou a circular arte postal pelos Estados Unidos nos anos 50. Desmonopolizada, a arte postal não se limitou apenas a um país e se espalhou pela Europa Oriental e Ocidental, Canadá e América Latina, se tornando uma das importantes formas de expressão artística dos anos 80.
A arte postal é uma expressão coletiva que não tira o individualismo, pois, sua marca fica gravada no cartão, seu estilo e um pouco de si mesmo. Não há restrições quanto à materiais ou técnicas utilizadas, apenas se faz a arte no cartão, no próprio envelope ou ambos e se envia, diferente da pintura que tem regras e padrões para se classificar.
Podem haver postais com temáticas ou livres, com interferência ou não, depende do que se pede na "Chamada", a qual é o convite para participar, pode ser mandado via internet (geralmente em blogs) ou correio.
Passa de mão em mão, de casa em casa, arte e sentimento são colocados no papel, interferências acontecem no envio, rabiscos, riscos, rasuras, rasgos e muitas histórias são agregadas ao cartão, a Arte Postal ganha vida própria.


CHAMADA

Olá,

Convidamos à todos para participarem da exposição de Arte Postal que acontecerá no encerramento da Oficina de Arte Postal no Atelier Undergrude com João Bosco.
Tema"Aquilo que não sabemos fazer"
Técnica: livre
Tamanho: A4 no máximo
Colocar: nome, endereço e e-mail
Os trabalhos deverão ser enviados até a data limite de 10 de dezembro de 2010
Enviar para o endereço: Rua Visconde do Rio Branco, nº 101 - centro - Atibaia - São Paulo - Brasil cep 12940-690
Enviaremos certificado de participação via e-mail
Valéria - Atelier Undergrude
atelierundergrude@gmail.com

Grato.
João Bosco

Arte Postal - João Bosco


Mais sobre João Bosco:
Site pessoal: www.joaobosco.art.br
www.preac.unicamp.br/cdc/pages/proj/ea/09-11-23-joaobosco/page.php