sábado, 4 de setembro de 2010

7º Fórum das Coisas do Arco da Velha: Do Baú da Rosário

O Arco da Velha como já disse, reuniu grandes folcloristas e pesquisadores, embasado pela palestra de Maria do Rosário Tavares de Lima, a qual já palestrou no Curso de Folclore, mas surpreendeu, pois, embora tenha falado sobre o mesmo tema, veio agregar informações as quais ainda não havia citado, falarei novamente sobre répteis e anfíbios.

Répteis
O Brasil é um país cuja incidência de cobras é imensa e os mitos ligados a ela tendem a ter a mesma proporção, dizem que o guizo da jararaca indica a sua idade, o que é falso, porém é utilizado como amuleto contra "mau-olhado" e os violeiros as colocam dentro de suas violas com o intuito de tornar seu som mais macio e harmonioso.
As jararacas envolvem suas vítimas e as matam por esmagamento, se alimentam de animais pequenos e começam a comer pela cabeça, em contra partida existe a superstição de que se alimentam de animais grandes e os chifres ficam para fora de sua boca, esperam os chifres caírem e terminam de engolir o resto do corpo.Com sua língua bipartida, a cobra sente o calor corporal dos animais a sua volta, peculiaridade que a ajuda na hora de capturar suas presas, as peçonhentas possuem duas fossas entre os olhos, o que torna fácil identificá-las, embora haja uma excessão, a coral não possui fossas e é venenosa.As cobras carregam consigo a simbologia da eternidade, pois, trocam de pele, aparecem também na mediunidade, representada por um arco-íris, simbolizando a ligação entre céu e terra, mais um paralelo ao orixá Exu.

Anfíbios
O sapo exerce um domínio místico sobre a humanidade e entre os diversos feitiços o qual é utilizado existe um bem conhecido, onde se escreve o nome da pessoa a lápis e o malefício (pois, a lápis desaparece) num pedaço de papel, após o sapo secar, morto de fome, o que foi escrito acontecerá.
Na África existe uma história que é assim, uma rã pede uma cauda à uma entidade superiora, afim de não ser mais caçoada pelos outros animais, a entidade lhe dá a cauda com a condição de zelar pelo único poço que havia na região. A rã ficou cuidando deste poço, muito exibida com a sua cauda, maltratava os animais que ali vinham se refrescar, os animais revoltados a "deduram" para a entidade, a qual disfarçada de animal vai averiguar a situação e é tratada do mesmo jeito, como castigo tirá-lhe a cauda, esta história tem a função de explicar o desenvolvimento dos girinos, os quais para se tornarem sapos, perdem a cauda.Encerrando, o estudo dos animais e a simbologia que eles representam para a humanidade lidam com o lúdico e criam um paralelo com seus valores, numa busca na natureza por respostas para seus problemas internos e explicações para aquilo que desconhece.

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