A chuva caía incessantemente num dia de temporal em Joanópolis, interior de São Paulo, Godofredo ao ver seu animalzinho se molhando joga um cobertor nas costas e sái para o jardim resgatá-lo, algumas pessoas ao vê-lo de tal maneira com um cobertor peludo nas costas, pensam ter visto um lobisomem.
Esta é a última parte destas postagens sobre mitos e lendas, cuja base, já citada anteriormente é a Palestra do Curso de Folclore do Ponto de Cultura de Joanópolis com o Projeto "Ora Viva São Gonçalo" no qual a palestrante Maria do Rosário Tavares de Lima, uma mulher com tamanho conhecimento e ainda por cima muito humilde, nesta postagem prenderemos a atenção em um único mito, o lobisomem.
O lobisomem é o mito mais antigo da humanidade civilizada, segunda a lenda (por causa que entra Zeus), o rei Licaón serviu carne humana a Zeus, irado com tal atitude, Zeus lança-lhe uma maldição e o transforma num ser metade homem e metade lobo.A lenda é de Roma, centro do mundo na época da civilização, povo muito conquistador no século II, III e IV, no último citado começa a sua decadência e neste mesmo século Constantino oficializa o Cristianismo.
Por onde passavam, os romanos deixavam filhos, divulgavam sua língua e sua cultura, a qual se misturava com a grega, ocasionado pela transculturação.
Em suas conquistas relatavam a lenda do lobisomem e no período da Monarquia a cultura transitava por Portugal, com D. João VI ela finalmente desembarca no Brasil.
Realçado pela Igreja como símbolo de castigo, assim como o Bode Expiatório dos judeus, o qual é sacrificado todo ano simbolizando os pecados da comunidade.Se uma mulher tem sete filhos homens, o sétimo ao nascer vira lobisomem (a bruxa é associada ao lobisomem por possuir as mesmas maldades, assim a sétima filha de uma mulher que só tenha filhas, vira bruxa), se um menino nasce no dia 25 de Dezembro a meia-noite, também vira lobisomem e o mesmo acontece se um homem fica sete anos sem se comungar e se benzer com água benta, o padre avisa a pessoa três vezes e se ela não se confessar, vira lobisomem.
Seu fadário dura sete anos, no qual toda noite que se transforma sua sina é correr sete cidades e depois retornar para a sua e aí deixa de ser lobisomem por aquela noite.Roupa nova acaba com a maldição, ao se transformar ele abandona suas roupas que se forem trocadas por roupas novas quando ele vestir se esquece e nunca mais vira lobisomem.
Contam que o avô da palestrante, um republicano, era chamado de lobisomem, pois, saía a noite e era mulherengo, na verdade o que fazia era ir de cavalo à Bragança Paulista - SP, onde participava de reuniões de maçonaria.
Bom, agradeço desde já a Maria do Rosário pela excelente palestra, o que me rendeu quatro envolventes postagens, na próxima falarei sobre o Vídeo Índio Brasil.
http://www.pousadamonteleone.com.br/materia.asp?id=4 Valter Cassalho entrevista o Lobisomem de Joanópolis
E segue abaixo um convite.
No dia 21 de Agosto a Áula de Folclore será no Museu da Língua Portuguesa em São Paulo.
Período da Manhã: Fórum do Arco da Velha na Sala do Café.
Período da Tarde: Apresentação dos Contadores de história, Congada de Bragança Paulista, Caiapó de Joanópolis, Caatira de Guarulhos, Roda de São Gonçalo e muito mais.
O evento é gratuito e aberto ao público. Compareçam!
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