segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pios, só pios

Ave de porte variado

De perna pelada e bico vermelho

Passeia por livros do Jorge Amado

Vira e mexe olha-se no espelho


Semelhante aos pombos de praça

Comem na mão de velhinhos desonestos

Não importa o que faça

Creem nas palavras de Arnesto


Acasalam sem mesmo amar

Sobrevivem? Sobras vivem

Sorte? Só conhecem o azar

Acuda! Mas não há ninguém


Nas noites frias do mundo

Piam tristes ao relento

Na cama de um vagabundo

Fingem orgasmos para o sustento

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, critique, opine.