AMARAL, Fábio Siqueira de. Os eternos clones. Navegar Editora, São Paulo, 2004.
O escritor Fábio Siqueira do Amaral nasceu na cidade de Palmital - SP no dia 28 de Outubro de 1943. Estudou Arte Dramática na EAD-USP e trabalhou em mais de cinquenta peças de teatro. Mesmo se dedicando as artes apenas em seus momentos de lazer, além de escrever, Fábio do Amaral ainda desenha, pinta, canta e compõe. Atualmente reside em Atibaia - SP, onde é membro da ALA (Academia Literária Atibaiense). É membro associado também da ASES (Associação de Escritores de Bragança Paulista - SP), UBT (União Brasileira de Trovadores - Atibaia) e UBE (União Brasileira de Escritores). Além de "Os eternos clones", ainda pela Navegar Editora publicou um livro com quinze contos, "Contos de desencontros" e o romance "O fascínio do mal".
O livro "Os eternos clones" narra a história de Rogério, um brilhante jovem que ao ver-se traído pelo próprio irmão não raciocina outra alternativa e acaba fugindo para uma pequena cidade onde pensava encontrar a paz. Mal sabia que a pacata Grotão do Meio escondia tantos mistérios e maiores problemas do que já havia suportado.
Num estilo atípico aos literários brasileiros, Fábio Siqueira do Amaral transcorre livremente entre a ficção e a não-ficção. Aproveita de sua criatividade e brinca com o imaginário do leitor, criando um suspense que te absorve de curiosidade do começo ao fim. Agrega numa mesma história fatos da vida cotidiana e seres com poderes especiais. Abusa da ficção como poucos autores brasileiros. Como narra (AMARAL, 2004, p. 158) no trecho:
Segundo contaram depois, o Ermitão apareceu de repente no meio de toda aquela gente, como que saído por trás de uma árvore, sem que ninguém nada tivesse notado. O corre-corre para o lado dele foi uma loucura. Entretanto, ele parecia estar protegido por uma redoma estranha e invisível, que impedia qualquer aproximação dentro de um raio de 3 ou 4 metros. Por enquanto, somente a garota Marta, depois de ser chamada, conseguia chegar-se a ele.
Semelhante a uma novela, vemos o foco da história ora estar numa personagem ora noutra. Por exemplo, a personagem Guto Palomas que inicialmente parecia um mero complemento à história e em seu desenrolar, ganha espaço e se torna uma peça importante nesse “jogo de xadrez”. Personagem a qual o autor utiliza para em meio a toda esta trama, tecer uma crítica aos meios de comunicação e sua influência. Escreve (AMARAL, 2004, p. 209) em:
[...]Essa gente nos auxiliará a levar adiante nosso “Plano de Ação”. Usaremos a vaidade, a necessidade, a tara, a imbecilidade, a ignorância do ser humano e até dos crimes e das desgraças faremos os nossos espetáculos! E convidaremos também a gentinha comum e ordinária para nossas plateias e palcos... Assim, estaremos economizando muito dinheiro... A esses convidados não precisaremos pagar-lhes coisa nenhuma! Pelo nosso gesto, já se sentirão bem recompensados...
Sem dúvida, o romance “Os eternos clones” é um livro que abre portas para o cenário literário brasileiro e o quão longe nossa criatividade em escrever pode chegar. Talvez os fatos sejam os mesmos, mas o que difere é como contamos a história. “[...]As histórias são clonadas; os poderes são clonados, o ser humano é clone de seu clone. Nada é novo! Mudam-se apenas as datas e os ambientes”, diz o autor na capa do livro.
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ASES (Associação de Escritores de Bragança Paulista - SP) http://www.asesbp.com.br/
UBE (União Brasileira de Escritores) http://www.ube.org.br/default.asp
UBT (União Brasileira de Trovadores - Atibaia) http://www.atibaiacultural.com.br/1/index.php?option=com_content&view=article&id=106%3Aatibaia-e-seus-trovadores&catid=32&Itemid=10
ALA (Academia Literária Atibaiense) http://www.academialiterariatibaiense.com.br/index.php
Foto Livro: http://fabiosiqueiradoamaral.com.br.megaloja.com/